Representantes dos governos de 20 economias desenvolvidas e emergentes deram início nesta segunda-feira a uma reunião de dois dias no México, onde retomarão os acordos mundiais contra as mudanças climáticas e seguirão com os compromissos do Protocolo de Kyoto.

O encontro, realizado na cidade de Jiutepec, no centro do México, tem o objetivo de guiar os líderes do Grupo dos Oito (G8) sobre o tema, que se reunirão do dia 8 ao dia 10 de julho, na Itália. “O propósito do Fórum é contribuir para alcançar um resultado bem-sucedido nas negociações da XV Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP XV), que será realizada em dezembro em Copenhague”, afirmou o americano Michael Froman, co-presidente do encontro e enviado especial da Casa Branca sobre Mudanças Climáticas.

Os países que geram 80% das emissões de gases de efeito estufa e que consomem 80% da energia mundial estarão representados na terceira reunião preparatória para o Fórum das Grandes Economias sobre Energia e Clima (MEF, em sua sigla em inglês). As discussões focarão na redução de emissões, no impulso às tecnologias limpas, no financiamento da proteção ao meio ambiente e na mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas no planeta.

O líder do México, Felipe Calderón, reiterou hoje sua proposta de criar um Fundo Verde Mundial, para conceder prêmios aos países que reduzirem as emissões de gases poluentes à atmosfera. O presidente propôs um financiamento inicial de US$ 10 bilhões e que o instrumento esteja sob o controle de um organismo internacional já existente, como o Banco Mundial.

Calderón disse ainda que é preciso buscar mecanismos para aumentar a oferta de energia limpa e, ao mesmo tempo, reduzir as emissões mundiais, mas com urgência, porque os danos ambientais estão aumentando. “Uma coisa que temos que enfatizar é o combate às mudanças climáticas, o que é difícil, mas seus efeitos são muito mais”, acrescentou o governante, que confiou que a nova liderança dos EUA permitirá melhores resultados.

O presidente disse que seu país “vai apoiar qualquer consenso alcançado para a redução de emissões em nível global, qualquer meta, qualquer propósito, de 20% para 2020, 50% para 2050, 80% para o 2050”. “Passou mais de uma década sem que a humanidade dê um só passo adiante contra as mudanças climáticas”, afirmou.

Ministros e altos funcionários da Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Dinamarca, EUA, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, Reino Unido, Rússia, República Tcheca, Suécia, África do Sul e da Comissão Europeia participaram do encontro. A Espanha e Noruega participaram como países observadores.


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Países desenvolvidos e emergentes buscam acordos contra mudanças climáticas