O setor energético já  recebeu 441 projetos para geração de energia elétrica pelo sistema eólico, pelo qual equipamentos captam a energia dos ventos para movimentar os geradores.

Essa oferta, conforme explicou hoje (16) o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, pode resultar em um potencial de 13.341 megawatts (MW), capacidade próxima da que é gerada pela Usina Hidrelétrica de Itaipu.

O leilão que vai escolher as empresas que oferecerem os menores preços para instalação desses sistemas está marcado para o final de novembro, mas, segundo o ministro, ainda não está definido o potencial que será contratado, que pode ser de 3 mil MW a 4 mil MW, conforme a necessidade definida.

A energia será interligada ao sistema de transmissão nacional, estando inscritos 322 projetos para a Região Nordeste (equivalente a 9.549 MW) e 111 projetos para a Região Sul (3.594 MW).

Já estão instalados no país, em diversos estados, sistemas de geração eólica com potencial para geração de 386 MW de energia eólica, volume que será elevado, até o final de 2009, para 427 MW, independentemente do leilão de novembro.

Em 2010, mais 684 MW serão gerados através dos captadores já existentes, que serão acrescentados ao sistema elétrico nacional, totalizando 1,4 mil MW de geração por meio do sistema eólico. A matriz energética nacional conta, hoje, com a geração de 100 mil MW e, ao final de 2010, a contribuição da geração eólica para a matriz energética deverá significar 1,4% desse total.

Ainda não está fixado o preço máximo da venda da energia resultante do leilão, que deverá ser definido até o final do próximo mês. Os  projetos apresentados ao Ministério de Minas e Energia para geração via eólica se destinam aos estados da Bahia, Paraíba, do Ceará, Espírito Santo, Paraná,  Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e Sergipe.

Lobão disse, ainda, que o Brasil tem potencial para geração de até 140 mil MW de energia eólica. Segundo ele, em todo o mundo, estão sendo gerados o total de 120 mil MW por via eólica.

A proposta inicial do Ministério era de que os projetos que vão se candidatar ao leilão envolvessem o compromisso de geração individual de 2 MW por catavento, mas, atendendo a um pedido dos empresários que vão participar da disputa, a exigência foi reduzida para 1,5 MW.

Atualmente, a geração de cada unidade existente na região litorânea brasileira, em diversos estados, não passa de 1 MW, mas a evolução constante da tecnologia nessa área poderá elevar bastante a capacidade individual dos cataventos, pois existem torres em outros países que são maiores que um avião Boeing 747, conforme explicou o ministro.


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País pode gerar energia a partir do vento equivalente à produção de Itaipu, diz Lobão

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