Os policiais envolvidos na morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, baleado em 2005 no metrô de Londres ao ser confundido com um terrorista, não serão punidos, reiterou nesta sexta-feira (2) a Comissão Independente de Reclamações contra a Polícia (IPCC, na sigla em inglês).

A IPCC, que supervisiona o trabalho das Polícias do Reino Unido, revisou as provas coletadas durante a investigação pública do caso.

A nova análise foi feita a pedido dos parentes de Jean Charles, que pediu a aplicação de medidas disciplinares contra os agentes envolvidos na morte do brasileiro.

Segundo os advogados da família, as provas apresentadas no processo do ano passado deveriam fazer as autoridades reconsiderar sua posição e punir os responsáveis pela morte de Jean Charles, que tinha de 27 anos e era eletricista.

Mas um porta-voz da IPCC confirmou nesta sexta-feira (2) que o órgão manteve a “decisão de não recomendar ações disciplinares contra os agentes implicados no tiroteio fatal de Jean Charles em julho de 2005”.

Uma representante do movimento “Justiça para Jean”, no entanto, afirmou que a resolução da IPCC “é uma paródia das conclusões da investigação (pública)”.

“A decisão de hoje da IPCC dá sinal verde aos policiais para que atuem com impunidade”, acrescentou a porta-voz da campanha, que pede justiça no caso do eletricista.

A expectativa é que a família do brasileiro e a Polícia cheguem a um acordo sobre uma indenização antes do fim do ano, informou a BBC.


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Órgão volta a livrar de punição policiais que mataram Jean Charles

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