As últimas cenas da Parada Gay, que rolou domingo passado (dia 14) em São Paulo, não foram nada boas. A violência de um ataque com bomba caseira no Centro e brigas no trajeto da Paulista x Consolação deixaram mais de cinquenta feridos. O caso mais grave, na rua Frei Caneca, acabou na morte de Marcelo Campos, de 35 anos, que fora espancado por um grupo de rapazes que tinha esbarrado na calçada.
Os lamentáveis episódios mostram como é urgente o Senado aprovar o projeto de lei que criminaliza a homofobia e aplica penas severas para quem constranger homossexuais. A médio prazo a expectativa é que as agressões físicas diminuam.
Para casos assim, há secretarias do governo que já acolhem denúncias e dão assistência emocional e jurídica para vítimas. Exemplo do DECRADI e do Centro de Referência Contra Homofobia. (endereços abaixo).
Terceiro Setor
A iniciativa privada também se movimenta nesse sentido. Desde 2008 opera na rua Frei Caneca o Casarão Brasil. Uma associação que é resultado do esforço de doze empresários que, voluntariamente, investem na organização que luta pelos direitos dos homossexuais e planeja além de construir um posto de saúde, fazer um abrigo para transexuais que vivem na rua e não tem tratamento adequado nos centros municipais que já existem.
Mais quinze voluntários, entre professores, médicos, advogados e psicólogos prestam serviços no Casarão. O espaço também faz exposições de arte e lançamentos de livros. Nos projetos para 2009 estão abrir uma lan house gratuita e ministrar cursos que capacitem a população carente, como palestras de arte. Inclusive, montando esses cursos nas subprefeituras de bairros pobres.
Interessados em colaborar também podem procurar o Casarão no seguinte endereço:
CASARÃO BRASIL
Rua Frei Caneca, 1057
Telefone: (11) 3171-3739
DECRADI Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância
Rua Brigadeiro Tobias, 526 3o. Andar
Telefone: (11) 3311-3985
Centro de Referência em Direitos Humanos e Combate a Homofobia
Pátio do Colégio, 5 1o. Andar
Telefone: (11) 3106-8780
