A organização 350.org está promovendo e incentivando diversos protestos ao redor do mundo para divulgar a ideia do número 350. O valor, aceito pela comunidade científica internacional, representa o limite máximo de partículas por milhão (ppm) de CO2 na atmosfera para que a concentração não represente um grave risco para a humanidade. Acima desse valor o planeta veria uma multiplicação dos desastres naturais provocados pelo aquecimento global, como secas, enchentes e furacões.
Para tentar conscientizar o mundo – e, principalmente, líderes de governo que vão se reunir em dezembro na Dinamarca para tentar elaborar um novo acordo climático que substitua o Protocolo de Kyoto, que vence em 2012 – a organização incentiva manifestações nos mais diferentes cantos do planeta. Grupos são encorajados a formar o número 350, seja da maneira que for, e enviar as fotos para divulgação.
Até o momento, mais de cinco mil ações já foram registradas em 181 países, gerando mais de 19 mil fotos catalogadas. Confira ao lado algumas que o Eu Quero Salvar o Planeta selecionou.
Situação atual
De acordo com dados divulgados pela 350.org, a concentração atual de partículas de CO2 na atmosfera é de 390 ppm, principalmente por conseqüência da poluição emitida a partir da queima de combustíveis fósseis petróleo e seus derivados como gasolina e diesel. O excesso de CO2 é um dos fatores que provoca o efeito estufa e, consequentemente, o aquecimento global.
A mudança na temperatura resulta em efeitos diversos no meio ambiente. Os mais visíveis são o derretimento das calotas polares, provocando o aumento do nível dos mares, a formação de furacões mais potentes e mortais, além de cheias e secas que provocam o deslocamento de milhões de pessoas e criam um sério problema humanitário.
Para tentar reverter esse quadro, ou pelo menos amenizar a situação, especialistas alertam que são precisos rápidos e pesados investimentos em formas limpas e renováveis de energia, como a solar e a eólica (vento), além de adotar uma forte política para reduzir o desmatamento. Somente assim é possível diminuir as emissões de CO2 para níveis aceitáveis.
