A última reunião em nível ministerial antes da cúpula climática em Copenhague terminou nesta terça-feira com um reconhecimento pela ONU e pelo Governo dinamarquês de que não será fechado um tratado na capital dinamarquesa, e que o objetivo é uma fórmula reduzida em forma de acordo político vinculativo.
Esta constatação é consequência da declaração feita na semana passada pelos presidentes dos Estados Unidos e da China, os dois países que mais poluem do mundo, de que não será possível um acordo vinculativo nessa cúpula para reduzir as emissões de dióxido de carbono.
Tanto o responsável da ONU sobre mudança climática, Yvo de Boer, quanto o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen, e sua ministra do Clima, Connie Hedegaard, apoiaram a proposta dinamarquesa de “um acordo, dois propósitos”, que pretende fechar um pacto sobre as principais questões e adiar a assinatura de um tratado para mais adiante.
A proposta, apresentada há dois dias, em Cingapura, por Rasmussen em reunião com líderes mundiais à margem da cúpula do Fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec), conta com a aprovação dos EUA, segundo se esforçou em ressaltar hoje Hedegaard, em entrevista coletiva com De Boer ao final do encontro.