O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, reiterou hoje sua condenação ao golpe de Estado que tirou Manuel Zelaya da Presidência de Honduras, embora, aparentemente, um relatório de um consultor da organização o considere “constitucional”.
Ban ressaltou que a “posição” da ONU em relação à “legalidade da destituição do presidente Zelaya em Honduras ficou claramente articulada na resolução da Assembleia Geral” das Nações Unidas, que condenou o golpe de Estado, afirmou o porta-voz da entidade, Farhan Haq.
A resolução das Nações Unidas sobre o tema, aprovada em 1º de julho, “condena o golpe que interrompeu a ordem democrática e constitucional e o legítimo exercício do poder em Honduras”, acrescentou o funcionário.
Haq ressaltou que as informações veiculadas hoje pela imprensa hondurenha, de que um relatório da ONU concluiu que a derrubada de Zelaya foi “constitucional”, são “extremamente enganosas”.
Segundo o porta-voz, há setores tentando fazer a análise de um consultor das Nações Unidas parecer o ponto de vista oficial da organização.
“O Departamento de Assuntos Políticos recebe com frequência relatórios e análises desta natureza de consultores, acadêmicos e outros analistas”, disse Haq, que destacou que a posição da entidade se apega “estritamente à traçada pela resolução da Assembleia Geral”.
Haq também reiterou o firme apoio das Nações Unidas às gestões que a Organização dos Estados Americanos (OEA) promove para encontrar uma saída negociada para a crise política no país centro-americano.