Através da porta-voz Emilia Casella, o Programa de Alimentos das Nações Unidas afirmou que os estoques no Haiti estão diminuindo em decorrência de inúmeros saques realizados pelos habitantes locais, desesperados desde que, no início da noite de terça-feira (12) , um forte terremoto de 7 graus na escala Richter atingiu a capital, Porto Príncipe.

Antes do tremor, a ONU conservava no país 15 toneladas de comida, e não foram divulgados dados sobre a quantidade que ainda resta. O objetivo é possibilitar novamente, explicou Emilia, que mais de dois milhões de haitianos possam se alimentar mensalmente, uma vez que os próprios supermercados foram “esvaziados” desde a tragédia.

A Força Aérea Brasileira confirmou o envio, na madrugada desta sexta-feira (15), de mais dois aviões, um com equipamentos para o resgate das vítimas e o outro com 50 militares que trabalharão no hospital de campanha que será aberto em Porto Príncipe. Assim, chega a seis a quantidade de aeronaves enviadas do Brasil para o país da América Central, incluindo um Boeing com bombeiros de Brasília e do Rio de Janeiro. Ainda nesta sexta, devem decolar mais três aviões, um deles o que chegará, no início da tarde, com 19 militares feridos.

Em meio à tragédia, o Haiti pode receber ao menos uma boa notícia: a ministra francesa de Economia, Christine Lagarde, sugeriu que o Clube de Paris (instituição formada por 19 países desenvolvidos, todos do Hemisfério Norte, exceto a Austrália) anule a dívida de aproximadamente US$ 77 milhões mantida pelo Haiti, atitude que seria analisada ainda por Venezuela e Taiwan, outros importantes credores.


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ONU alerta para saques de alimentos no Haiti