O enviado especial da ONU ao Afeganistão, Kai Eide, afirmou hoje (11) que houve uma “fraude generalizada” nas eleições presidenciais de 20 de agosto, embora não tenha determinado seu alcance.


 


Em entrevista coletiva em Cabul, o chefe da missão da ONU no Afeganistão (Unama) admitiu que o processo eleitoral foi “difícil, com muitos problemas”.


 


“O alcance desta fraude está sendo analisado agora. Não há forma de saber neste momento que nível de fraude houve. Só posso dizer que foi uma fraude generalizada”, declarou.


 


O diplomata norueguês afirmou que “qualquer dado concreto” que apresentasse agora sobre o impacto da fraude no resultado eleitoral seria “pura especulação”, já que, nos últimos dias, a Comissão Eleitoral começou a fazer uma recontagem parcial dos votos por causa das denúncias de irregularidades.


 


Os resultados provisórios, anunciados em setembro, deram ao atual presidente, Hamid Karzai, uma vitória folgada. Mas a nova apuração deve resolver as irregularidades em mais de 10% dos colégios eleitorais.


 


A missão de observadores da UE enviada para acompanhar a eleição afegã anunciou no mês passado a identificação de 1,5 milhão de votos “suspeitos”, dos quais 1,1 milhão favoreceriam Karzai.


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ONU admite "fraude generalizada" em eleições afegãs

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