O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, admitiu pela primeira vez que não conseguirá fechar a prisão de Guantánamo em janeiro, como tinha prometido. No entanto, nesta quarta-feira (18), o presidente insistiu em dizer que o objetivo será alcançado a longo prazo.
A ordem de fechamento em 12 meses da penitenciária foi uma de suas primeiras ações como presidente, mas a resistência do Congresso a aceitar os detidos em território americano e de outros países a acolhê-los fez com que até agora tenham saído somente 20 presos da base naval em Cuba.
“Estamos imersos em uma trajetória e em um processo no qual antecipo que Guantánamo será fechado no ano que vem”, disse Obama, em uma entrevista à Fox News, realizada em Pequim.
“Não vou marcar uma data exata porque depende muito da cooperação do Congresso”, acrescentou.
A Casa Branca já tinha dado sinais de que não conseguiria cumprir a meta estabelecida para o fechamento de Guantánamo, onde permanecem 215 detidos, mas esta é a primeira vez que o presidente o reconhece.
“As pessoas têm medo, e é compreensível, depois de tantos anos nos quais disseram a elas que Guantánamo era importante para manter os terroristas fora dos EUA”, disse Obama.
Seu antecessor, George W. Bush, abriu a penitenciária em janeiro de 2002, para manter reclusos de forma indefinida e sem direitos suspeitos de pertencer à organização terrorista Al Qaeda ou os talibãs, capturados principalmente no Afeganistão.