O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu enfaticamente nesta quinta-feira (19) a Coreia do Norte a dar “passos sérios” nas conversas para pôr fim a seu programa nuclear, depois de se reunir com o líder sul-coreano, Lee Myung-Bak.
Em suas declarações, durante uma entrevista coletiva conjunta em Seul, Obama revelou que o enviado especial americano, Stephen Bosworth, viajará para Pyongyang no próximo 8 de dezembro para tratar de reviver o processo de negociação com o país e persuadi-lo a retomar o diálogo internacional sobre o programa nuclear norte-coreano.
“Se a Coreia do Norte dá passos irreversíveis e verificáveis para pôr fim a suas atividades nucleares, os EUA apoiarão a integração” deste país na comunidade internacional sustentou o presidente americano. Segundo Obama, a Coreia do Norte não conseguirá “as oportunidades e o respeito mediante ameaças”.
Além de comentar sobre o programa nuclear da Coreia do Norte, Obama também criticou a falta de diálogo do governo iraniano. “Há semanas, o Irã não dá sinais de querer dizer que sim” às propostas internacionais, bem porque isso faça parte de sua estratégia ou bem porque “se encontra emaranhado em sua própria retórica”.
Mas a paciência do mundo não é infinita e por isso, indicou, EUA e seus aliados no grupo das seis potências que negocia com o Irã – Reino Unido, França, Alemanha, China e Rússia, além de Washington – “estamos abordando consequências” para Teerã.
“Ao longo das próximas semanas, apresentaremos um conjunto de medidas potenciais” que se aplicariam ao Irã se esse país continua arrastando os pés nas negociações e não aceita as propostas.
As seis potências instaram ao Irã a aceitar uma proposta pela qual a República Islâmica enviaria seu urânio enriquecido a baixo nível à Rússia, onde se refinaria a um grau suficiente para seu uso em um reator médico em Teerã, uma iniciativa que Obama descreveu como “criativa e sensata”.