O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, completou nesta terça-feira 50 dias na Casa Branca, nos quais o assunto que mais tirou seu sono foi a crise econômica e durante os quais adotou uma série de medidas que cancelam algumas das políticas mais destacadas de seu antecessor, George W. Bush.
Obama chegou à Presidência impulsionado por um fervor popular com poucos precedentes – dois milhões de pessoas assistiram à sua posse- e acompanhado de uma lista enorme, e pouco invejável, de pendências.
A principal preocupação é com a economia. Os Estados Unidos atravessam sua pior crise desde a Grande Depressão, e os mercados caíram 18% desde a chegada do líder à Casa Branca.
Obama comemorou nesta terça o 50º dia na Casa Branca com a apresentação de um plano para a melhora da educação, um dos aspectos que considera crucial para manter a competitividade dos Estados Unidos no mundo.
Na semana passada, o presidente já tinha anunciado uma reforma no sistema de saúde, que, atualmente, deixa 46 milhões de pessoas sem cobertura médica.
Em suas sete semanas de mandato, o líder também emitiu uma série de ordens executivas e memorandos que cancelam boa parte do legado de Bush, a mais polêmica sendo a que fechará a prisão de Guantánamo em um ano.
Obama também proibiu o uso da tortura em interrogatórios, em um sinal ao mundo de uma mudança radical na posição diplomática dos EUA.
Há duas semanas, o líder anunciou o fim das operações militares no Iraque para agosto de 2010, quando pelo menos 90 mil dos 142 mil soldados americanos no país terão voltado aos EUA.
E, na segunda, assinou uma ordem executiva que coloca fim à proibição para financiar com fundos públicos a pesquisa com células-tronco procedentes de embriões.
Obama também parece que dedicará boa parte de seu mandato à diplomacia. Após fazer sua primeira viagem ao exterior ao Canadá, ele irá, em duas semanas, para a Europa, e fixou o objetivo de sair da capital pelo menos uma vez por semana.
Ainda resta ver se ele cumprirá sua promessa eleitoral de estar disposto a dialogar com países hostis, como o Irã.
Será preciso esperar os 100 dias para saber qual será sua estratégia definitiva para o conflito no Afeganistão.
E deve resolver também o dilema que talvez mais interesse ao americano comum: quando chegará à Casa Branca o cachorro que prometeu a suas filhas, Malia e Sasha.