Durante a Feira Literária Internacional de Paraty (Flip), foi lançado um site que casava bem com o evento: a rede social O Livreiro. Como o próprio nome sugere, é um espaço para os amantes por livros se comunicarem, interagirem e promoverem o chamado intercâmbio cultural.
Criada pela equipe do Infoglobo, o site destaca-se pelo seu pedigree. Além de ter o apoio da Livraria Cultura, responsável pela sinopse, inclusão das obras e vendagem das mesmas, O Livreiro também conta com o respaldo de escritores famosos, como Luis Fernando Verissimo e Adriana Falcão.
Para entrar no site, basta se cadastrar, não é preciso de convite. Coloca-se nome, sobrenome, foto, e-mail, sexo e data de nascimento. Essa é a primeira parte.
A segunda inclui por uma foto e uma pequena descrição de si mesmo, além de fazer o networking: indicar endereços pessoais de blog, MSN, Orkut, Skype e Twitter.
Criado o perfil, o site exibe no alto oito abas. A primeira, “Livros”, traz uma seleção das obras mais lidas, adicionadas e recomendadas. Ao clicar nas capas, abre-se uma página com a sinopse do livro (feita pela Cultura), além de um link para comprá-lo na mesma livraria – há um link que também encaminha para comparar o seu preço dentro do Buscapé.
Para cada obra escolhida, deve-se colocar o que ela representa: se quer ser doada ou emprestada e se já foi está sendo/já foi/vai ser lida. Na parte de “Autores”, a rede social rankeia os mais populares, mas também o faz por ordem alfabética. Cada escritor tem uma breve biografia, com uma lista de suas publicações e imagens que mostram quem são os seus fãs e suas opiniões.
Em “Grupos” há as tradicionais comunidades, como uma dedicada aos leitores de livros em transportes público. Segundo registros do site, já são mais de 160. O campo de buscas para encontrar amigos é bem completo – é possível pesquisar por nomes, cidades e países.
Clube do Livro
O Livreiro tem dois grandes diferenciais. Na home há uma seção de notícias culturais, com links para matérias, sugestões de artigos e opiniões de leitores em destaque. O outro, mais importante, é o Clube do Livro.
Nele, um autor famoso, como Milton Hatoum, irá sugerir três livros para serem votados pelos internautas. O que tiver mais votos deverá ser lido em até seis semanas. Durante tal tempo, o escritor irá conversar com os usuários e responder perguntas sobre a obra.
Numa avaliação final, O Livreiro se sai muito bem. Só é uma pena que uma rede social interessante desse jeito (e brasileira), já tenha um semelhante no País: o Skoob. A primeira sai na frente por ser mais “profissional”, digamos, e ter o apoio de escritores tarimbados. Mas perde por fornecer um conteúdo que não é 100% “made by” internautas.