Com o recente caso da cantora Rihanna, que sofreu agressões do namorado, o também cantor Chris Brown, o assunto de violência contra a mulher tomou mais força na mídia. Com a passagem do Dia Internacional da Mulher, com intenção de celebrar feitos políticos e sociais alcançados pelas mulheres, ressurgiu a discussão de historias de violência doméstica e de mulheres que não tiveram medo de denunciar.

A funcionária pública Estella Dutra, 42, conta que no dia 1º de março deste ano foi vítima de seu companheiro. “Fui agredida com socos no rosto. Nunca pensei que isto poderia acontecer comigo. Na hora gritei pedindo que chamassem a polícia que demorou uma hora para chegar. Fui para o hospital e lá fui bem atendida. Depois disso, fui com minha irmã à delegacia para mulheres, onde algumas escrivãs denominavam como loucas algumas vítimas que lá buscavam atendimento.”

“Ao sair dali, quem garante que não fui mencionada como mais uma louca que buscou atendimento? Estava louca sim, para gritar ao mundo o meu sofrimento e indignação pela violência sofrida, o fim do amor que acreditava existir, e a lembrança estampada no rosto feita por aquelas mãos que tanto gostava de acariciar e ser acariciada”, diz Estella.

Hoje, ela está sob medida protetiva, mas o agressor insiste em ligar para ela. “Não respondo as ligações, estou em estado de choque, mas não posso ficar chorando para não preocupar minhas filhas, que assistiram a tudo. Elas vão à escola preocupadas comigo. Que dor! Espero que a Lei Maria da Penha seja eficiente. Pois, depois do ocorrido, descobri que ele havia quebrado o rosto da ex com o capacete”, conclui.

Como Buscar Ajuda

No Brasil existem várias entidades que oferecem apoio jurídico e psicológico a mulheres que sofreram violência física.

A Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 – funciona 24 horas por dia, de segunda a domingo, inclusive feriados. A ligação é gratuita e o atendimento é de âmbito nacional. A Central funciona com atendentes capacitadas em questões de gênero, nas políticas do Governo Federal para as mulheres, nas orientações sobre o enfrentamento à violência contra a mulher e, principalmente, na forma de receber a denúncia e acolher as mulheres.

www.planalto.gov.br/spmulheres
www.violenciamulher.org.br
www.themis.org.br
www.teclemulher.com.br
www.cfemea.org.br

Como se Defender

Somos totalmente contra a violência, mas defesa pessoal não tem nada a ver com força, é apenas um modo da mulher saber reagir em situações extremas de perigo. Existem várias escolas, academias e empresas de segurança que oferecem cursos de autodefesa exclusivamente para mulheres, listamos aqui algumas.

www.kravmaga.com.br
www.aikido-sao-paulo-sp.kk5.org
www.abrapam.com.br
www.lembukan.com.br

Saiba Mais:

Leia o texto da advogada Janaína Nogueira Muller sobre como a mulher deve agir em casos de violência


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O drama de uma mulher agredida pelo parceiro