Até a manhã deste domingo (18), a situação nas imediações dos morros São João e dos Macacos era tranquila. Entretanto, por volta das 10h da manhã, os tiroteios entre criminosos e policiais do 3ºBPM e do Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais) recomeçaram no Jacarezinho e o novo confronto já deixou dois mortos. Segundo a PM, quatro suspeitos foram detidos neste domingo.

Ainda hoje, o secretário de Segurança Pública, José Maria Beltrame, se reúne com a cúpula do gabinete de gerenciamento de crise montado no 6º BPM para definir como será a ação policial nos próximos dias.
 
INVESTIGAÇÃO

Uma perícia deve determinar qual foi o tipo de arma utilizada para atingir um helicóptero Esquilo da Polícia Militar do Rio de Janeiro que precisou fazer um pouso forçado em um campo de futebol ontem e explodiu matando dois policiais carbonizados. A aeronave era utilizada durante operação no Morro dos Macacos, na zona norte. A informação foi dada pela cúpula de segurança pública do estado.

“Nós sabemos que os criminosos têm armas longas, fuzis de calibre 762 e calibre 556, armas que o projétil alcança longas distâncias e tem um alto poder de perfuração de chapas. Ainda não sabemos qual foi a arma que derrubou o helicóptero”, afirmou o chefe da Polícia Civil, Alan Turnowski. Ele defendeu, no entanto, que a aeronave era resistente e permitiu ao piloto executar um pouso em “área segura”.

Segundo o comandante da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, há 20 anos a corporação pede ao governo uma aeronave à prova de balas. Atualmente, nenhum dos helicópteros utilizadas pela força é blindado. “Se pudéssemos, teríamos todos os carros e todas as aeronaves blindadas. São em momentos como esse que verificamos como são essenciais”, completou.

O secretário de Segurança do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, respondeu que a licitação para a compra do equipamento será concluída no fim do mês. Ao descartar o uso da Força Nacional de Segurança, oferecida pelo Ministério da Justiça, disse que prefere a ajuda do governo federal recompor a estrutura policial, incluindo a compra de aeronaves.

CAOS

Os confrontos no Rio de Janeiro começaram neste sábado e deixaram, pelo menos, 14 mortos, sendo que dois eram policiais. Também ontem cerca de 10 ônibus foram incendiados em ruas próximas às favelas do Jacarezinho e da Mangueira, na zona norte do Rio. De acordo com o Rio Ônibus, o prejuízo das empresas com a perda dos dez ônibus, caso o número seja confirmado, chegaria a R$ 2,5 milhões.


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Novo confronto deixa dois mortos no Rio de Janeiro, diz PM