Em 2009, o conceito “álbum” faz noventa anos. Neste ano, também vamos comemorar os sessenta anos do long play – ou, se preferirem, LP -, ou seja, os tão amados e colecionados discos de vinil que, hoje em dia, começam a entrar novamente em ascensão.

A música existe desde os tempos imemoriais. É uma forma de arte surgida espontaneamente graças à necessidade humana de comunicar sentimentos aos seus semelhantes. Mas ela só é conhecida nos moldes atuais graças a uma brilhante invenção do físico e engenheiro Thomas Edison (o fonógrafo), que foi convertido em leitor de discos (em vez de cilindros) pela produtora de gramofones americana Emile Berliner.

O disco de vinil surgiu oficialmente em 1984, mas só foi popularizado no início da década de 20, quando expirou a patente dos cortes laterais de discos. Esse foi o ponto de partida para a distribuição dos famosos bolachões.

Fato é que em 1909, o “selo” alemão Odeon gravou o primeiro álbum como conhecemos hoje. Trata-se de uma edição quadrupla da Suite Quebra-Nozes, do compositor Tchaikovsky, que foi a primeira obra completa gravada e distribuída para venda, como um álbum.

Apesar de muitos dizerem que o primeiro álbum teria sido produzido um ano antes pela também alemã Deutsche Grammophon, a gravação na íntegra que a empresa fez da ópera Carmen não chegou a ser comercializada em separado de seu gramofone.

O apelo comercial das gravações musicais era pequeno, especialmente por conta das enormes fortunas que custavam os aparelhos eletrônicos. Para dar um exemplo, o mais barato entre esses aparelhos de reprodução antes de 1930 foi a Vitrola Ortofônica Victor, que custava o equivalente a cerca de US$ 1140 (se levado em conta a diferença do valor do dólar dessa época).

O primeiro lançamento efetivo, com arte de capa e fins de reprodução em massa, só veio pelas mãos da HMV em 1917. O álbum em questão foi The Mikado, de Gilbert & Sullivan, um marco na industria musical.


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