Martinho da Vila, apesar do nome artístico, nasceu no dia 12 de fevereiro, em Duas Barras, interior do estado do Rio de Janeiro e não na mítica Vila Isabel. Mas isso não o impediu de ter toda a malemolência e jogo rítmico dos sambistas que surgiram no famoso bairro da zona norte carioca.
O sambista é um apaixonado pelo bairro e pela Escola de Samba Unidos de Vila Isabel. “Esse é o melhor lugar do mundo! Estou em casa, disse Martinho sobre a comunidade que recebeu esse nome em homengem à princesa que libertou os escravos, nesta sexta-feira (12) no programa de televisão Bom Dia Brasil.
Em homenagem a Martinho e ao samba dessa Vila, o Virgula relembra os sambistas que ou nasceram ou foram descobertos no famoso bairro boêmio:
Noel Rosa é o nome maior da Vila Isabel. O sambista compôs o clássico Feitiço da Vila, uma ode de amor ao bairro.
Já Pixinguinha é da região de Gamboa, mas seu talento se destacou nas noites boêmias da Vila Isabel. Vivia com Noel Rosa, Braguinha, Donga, João da Baiana improvisando sambas pelas ruas do bairro. Com Braguinha finalizou a famosa Carinhoso.
Braguinha ou João de Barro são os nomes artísticos de Carlos Alberto Ferreira Braga, legítimo filho da Vila Isabel e o maior compositor de marchinhas carnavalescas de todos os tempos. São dele: Pirata da Perna de Pau, Chiquita Bacana, Touradas de Madri, Balancê, Turma do Funil, Linda Lourinha, As Pastorinhas (com Noel Rosa) entre outras.
Um frequentador assíduo da Vila Isabel é o compositor e poeta Aldir Blanc, parceiro de João Bosco e que entre inúmeros sucessos
compôs O Bêbado e o Equilibrista. Também é autor do livro Vila Isabel, Inventário de Infância.