A rápida recuperação da economia brasileira, aliada com programas de incentivo ao consumo do governo, deve transformar o Natal deste ano no melhor de toda a década. A estimativa é que o faturamento real do varejo em dezembro atinja R$ 91,4 bilhões. A projeção foi feita pela MB Associados feitas com base na Pesquisa Mensal de Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em reais, o aumento das vendas na comparação entre o mesmo mês de 2008 e 2009 é de R$ 10,4 bilhões. Em dezembro passado, em relação a dezembro de 2007, o aumento do faturamento do segmento havia sido de apenas R$ 978 milhões.

A consultoria aponta diversos fatores para essa estimativa bastante otimista, como a isenção ou redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para vários setores, além do aumento do salário de funcionários públicos, do Bolsa-Família e a política monetária mais frouxa. “O principal fator que vai ampliar o consumo no Natal é a política fiscal”, explicou o economista-chefe da consultoria, Sergio Vale, à reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.

O otimismo é compartilhado também pela Associação Comercial de São Paulo (ACSP), que acredita que depois de diversos anos de Natal de pequenos presentes o consumidor irá gastar com produtos de maior valor neste ano. A entidade aposta no bom desempenho nas vendas pois, pela primeira vez em 2009, o número de consultas para vendas a prazo cresceu em relação a igual período do ano passado.

Um dos motivos que  fundamentais para esse crescimento, de acordo com o economista da ACSP, Emílio Alfieri, é o aumento da oferta de crédito em relação ao ano passado. Com a crise no auge, muita gente preferiu fazer pagamentos à vista, além de que era difícil conseguir financiamentos com prazos longos.

Outro segmento que aposta alto para o Natal deste ano é o de supermercados. De acordo com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), é esperado um crescimento de 7,8% nas vendas em dezembro, na comparação com o mesmo mês de 2008. Neste caso, o aumento da renda é apontado como o principal motivo para o crescimento.


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Natal deve ser o melhor da década para o varejo