O Citibank Hall estava cheio e aguardava a Nação Zumbi na noite desta sexta-feira (18), no evento Conexão PE. O projeto Guizado e o músico Ortinho aqueceram o público em shows bem realizados, mas foi quando o vocalista Zumbi Jorge du Peixe começou a falar: modernizar o passado é uma evolução musical – trecho de Monólogo ao Pé do Ouvido, que abre o disco Da Lama ao Caos – que os gritos de empolgação do público vieram à tona.
Em comemoração aos 15 anos de lançamento do álbum, a Nação Zumbi, apresentada durante o show inteiro como Chico Science & Nação Zumbi, executou, faixa a faixa, o disco que lançou o grupo e o manguebeat no Brasil, na década de 1990. Com as presenças de Otto, BNegão e Fred Zero Quatro, a banda conseguiu relembrar os sucessos sem cair na nostalgia, mantendo os fãs empolgados do início ao fim.
Durante a noite, Jorge du Peixe falou, entre outras coisas, sobre a riqueza e a importância de se conhecer o som nacional. Até 1994, ninguém sabia o que era maracatu, destacou o vocalista, sobre o peso que o álbum Da Lama ao Caos, lançado naquele ano, teve em difundir um estilo que passou a ser adorado por muitos em todo o País.
Entre as canções que se destacaram no show, estavam Rios Pontes e Overdrives, A Praieira, Da Lama Ao Caos, Maracatu de Tiro Certeiro e Computadores Fazem Arte.
E APÓS DA LAMA AO CAOS…
Enganou-se quem pensou que o grupo pernambucano executaria apenas o álbum de estreia. Agora a festa vai começar, disse o guitarrista Lúcio Maia, após Coco Dub, última faixa do disco de 1994.
Na segunda parte do show, os fãs puderam escutar O Cidadão do Mundo e Manguetown, do álbum Afrociberdelia, de 1996, Blunt of Judah, do Nação Zumbi, lançado em 2002, e Bossa Nostra e Fome de Tudo, do mais recente disco dos caras, Fome de Tudo, de 2007.
O show contou ainda com uma homenagem ao histórico guitarrista Jimi Hendrix, em comemoração ao seu 39º aniversário de morte, com a música Purple Haze.
Confira a matéria sobre o Da Lama ao Caos e a entrevista com o baixista Alexandre Dengue