Tudo bem que a sociedade japonesa precisa rebolar para se adequar à situação extrema de falta de espaço do país. Num país em que vivem 340 pessoas por quilômetro quadrado – no Brasil, são aproximadamente 21 habitantes espalhados nesta mesma área – aquela máxima do “menos é mais” não é blablablá sobre minimalismo.
Se a maioria da população já se habitou às quitinetes de Tóquio, que têm em média 15 metros quadrados, notícias sobre a crescente demanda pela “inovadora” microquitinete (2 m²!!) dão falta de ar só de pensar.
Dentro deste contexto é fácil entender a busca dos japoneses por produtos cada vez mais compactos. Mas embalar uma banana?! Gastar papelão pra encaixotar um ovo?! Aí já é demais, né?
Não tenho uma ideia melhor pra embalar frutas, quitutes ou frios individualmente – se tivesse, estaria bem rica causando inveja num apartamento enorme em Shibuya – mas será que não doi gastar tanto plástico, papel, isopor pra vender produtos de um em um?
Não acho que empresários japoneses se comoverão com a nossa mágoa ocidental, mas fica o chocho.