O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, assegurou nesta segunda-feira (16) em Xangai que China e EUA devem ser amigos e “não adversários”, ao mesmo tempo em que reforçou a necessidade de se respeitar os direitos humanos.

Obama esteve reunido no Museu de Ciência e Tecnologia de Xangai com estudantes de diversas universidades chinesas que lhe submeteram a uma sessão de perguntas e respostas.

“A liberdade de expressão, de religião, de acesso à informação e da participação política são, acreditamos, direitos universais. Deveriam ser aplicados a todos os povos, incluindo as minorias étnicas e religiosas, seja nos EUA, na China ou em qualquer outro país”, ressaltou.

O presidente reiterou uma mensagem que transmitiu ao longo de toda sua viagem pela Ásia: EUA e China não devem ser rivais, mas cooperar para resolver problemas globais como a não proliferação nuclear e a mudança climática.

“A menos que China e EUA estejam de acordo, muito poucos problemas internacionais poderão ser resolvidos”, declarou Obama.

Como em seu discurso em Tóquio, no qual repassou as relações de seu país com Extremo Oriente, o presidente americano ressaltou que seu país não quer “conter” a pujança da China e pelo contrário dá as boas-vindas a uma República Popular “forte e próspera”.

“China e EUA não devem ser rivais”, sustentou o presidente americano, ressaltando que a colaboração entre os dois países contribuirá para se conseguir “a paz e a prosperidade no mundo”.

Críticas chinesas

O governo chinês aproveitou a presença do presidente americano e acusou os Estados Unidos de aumentar o protecionismo diante de uma “injusta” valorização da moeda chinesa, o yuan. Segundo o governo americano, o yuan é mantido desvalorizado para aumentar as exportações chinesas.

De acordo com o ministério do Comércio chinês, o governo vai manter o yuan estável. O ministério disse ainda que as pressões americanas são “injustas”, uma vez que a cotação do yuan propõe um ambiente estável e previsível para as empresas.

Segundo Yao Jian, porta-voz do ministério, a taxa cambial da moeda chinesa permite que a economia global cresça regularmente e que as exportações da China se recuperem

Jian aproveitou para criticar a política cambial americana e disse que os Estados Unidos têm permitido que o dólar caia “para incrementar sua competitividade”, ao mesmo tempo que pedem uma valorização do yuan.


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Na China, Obama propõe cooperação; governo chinês rebate críticas sobre câmbio

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