As mulheres planejam mais seus atos agressivos que os homens, segundo um estudo de uma universidade mexicana.
O relatório elaborado pela Universidade Ibero-Americana da Cidade do México (UIA) e divulgado nesta terça-feira (19/5) foi feito com base em análises de adultos que apresentavam altos níveis de agressividade.
“Enquanto eles tendem à ação física imediata, elas planejam mais o que vão fazer contra o outro”, disse um comunicado da instituição.
O doutor Oscar Galicia, que chefiou a equipe de estudos, afirmou que foram realizados mais de 90 testes em homens e mulheres com características agressivas.
Os voluntários foram submetidos a testes de personalidade, questionários socioeconômicos e análises eletrofisiológicas. Os resultados mostraram que as mulheres são mais “proativas”, enquanto os homens tendem a ser “reativos”.
Quando a pessoa reage com alta atividade emotiva a um estímulo desagradável e não consegue controlar a exaltação, é classificada como agressor reativo.
Enquanto 70% dos homens do teste reagiam ao estímulo negativo com uma agressão física, apenas 10% das mulheres recorriam aos golpes. Segundo os especialistas, isto ocorreu porque a maioria delas prefere “isolar” quem foi motivo de irritação.
O especialista explicou que este fenômeno está relacionado, possivelmente, a diferenças que se acentuaram há mais de 100 mil anos.
O homem era o encarregado da caça e de trazer o alimento à família. Tinha que ir atrás da presa para matá-la. Já a mulher ficava na aldeia colhendo frutas.
Entre elas, a hierarquia não era estabelecida com base na força física, mas em quem poderia exercer melhor a liderança.
“Com isso, o homem desenvolveu mais a área cerebral que se encarrega de todas as respostas emotivas, enquanto as mulheres desenvolveram melhor a zona responsável por regular o sistema das emoções”, concluiu.