O Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP) ofereceu denúncia à 10ª Vara Federal Criminal de São Paulo contra cinco pessoas envolvidas no vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), em outubro, às vésperas da avaliação.
Segundo o MPF-SP, o adiamento do exame causou prejuízo de cerca de R$ 45 milhões aos cofres públicos. A mudança na data de realização do exame também provocou alterações nos calendários das principais universidades do país.
Felipe Pradella, Marcelo Sena Freitas, Filipe Ribeiro Barbosa, funcionários da empresa responsável pela impressão e distribuição do Enem, além de Gregory Camilo Oliveira Craid e Luciano Rodrigues, considerados cúmplices do grupo, são acusados de crime de peculato (furto praticado por servidor público), corrupção passiva e violação de sigilo funcional.
A denúncia, assinada pelos procuradores Rodrigo Fraga Leandro de Figueiredo e Kleber Marcel Uemura, afirma que os dois acusados de serem intermediadores do grupo forneceram as condições para que fosse tentada a venda dos bens subtraídos.
Já os funcionários da empresa responsável pela impressão e distribuição do Enem cometeram violações de sigilo, ao vazar o conteúdo da prova, e crime de extorsão, ao pedir quantia em dinheiro pela venda da cópia do exame à imprensa, na semana anterior à realização do Enem.