Quando o Wii foi lançado, em 2006, o mundo parou para admirar a jogabilidade revolucionária do console da Nintendo. Um joystick sem fio, para ser segurado na vertical, tinha um sensor de movimentos que reproduzia na tela de TV os gestos feitos pelo gamer. O vídeo do desenvolvedor Shigeru Miyamoto e do cineasta Steven Spielberg disputando uma partida de tênis no jogo Wii Sports, durante a feira de games E3, varreu a internet.
 
Três anos depois, e novamente na E3, a Nintendo anunciou o Wii MotionPlus, um periférico do tamanho de uma caixa de fósforos a ser acoplado ao controle. Em tese, ele dá uma precisão ainda maior ao sistema de reconhecimento de movimentos em 3D. A leitura é exibida na tela de forma mais idêntica e em tempo real. Um tempo de resposta 1:1, prometem.
 
O acessório, à venda por US$ 25 nos EUA desde o mês passado, é um fenômeno de vendas. Mas o Virgula conseguiu comprar um para testá-lo. Confiram o review!
 
A primeira impressão é a de que a jogabilidade do Wii ficou ainda mais revolucionária. Dois games foram testados com o Wii MotionPlus: Wii Sports Resort, que acompanha o periférico em um pacote de US$ 50, e Grand Slam Tennis, desenvolvido para ser jogado com o acessório.
 
Resort é uma versão praieira de Wii Sports. São disputas de arco e flecha, canoagem, frisbee, ping-pong, golfe, dentre outros, que exigem do gamer um bom manejo do joystick. Logo de cara dá para notar como o MotionPlus deixa a jogabilidade mais sensível. É preciso fazer muito mais esforço para acertar a flecha no alvo ou não bater a bolinha de golfe para muito longe. A mudança no quesito “força” é impressionante.
 
Porém, não houve grandes alterações ao compararmos o jogo de ping-pong do Resort com o de tênis do Wii Sports. Para poder mudar a direção da bola ainda é preciso fazer um certo movimento brusco. Não é algo muito real.
 
Raquete Virtual
 
Foi nos testes com o jogo Grand Slam Tennis que o Wii MotionPlus brilhou. O lançamento da Electronic Arts é o melhor game de tênis para o Wii já lançado, apesar dos gráficos razoáveis. Jogamos primeiro sem o periférico e a análise foi que o jogo é difícil. Conseguir ganhar um set foi algo possível apenas na terceira partida. A velocidade da bola não é alterada conforme se bate na bolinha. Dá para tirar o seu peso e levantá-la apertando os botões B e A, respectivamente.
 
Já com o uso do acessório isso muda. Grand Slam ficou ainda mais difícil e foi preciso suar (literalmente) para faturar um único game. O jeito de jogar com o joystick faz toda a diferença, não basta apenas movimentá-lo. Para quem é destro, por exemplo, ao fazer um gesto mais suave de esquerda, o Wii MotionPlus interpreta isso como um Slice. Ao rebater mais forte, sai um Backhand. Com o tempo dá para aprender como bater na paralela e na diagonal – assim como jogar a bola rente à rede, com força.
 
Não fique desanimado se no começo você mandar várias bolas para fora. Demora para pegar o jeito, pois o joystick fica muito mais sensível com o Wii MotionPlus. Um acessório que, conforme os jogos aptos para sua tecnologia forem sendo lançados, será um elemento essencial para os fãs do Nintendo Wii.
 


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MotionPlus deixa a jogabilidade do Wii ainda mais revolucionária

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