O homem de 53 anos que passou por um transplante no Instituto do Coração (InCor), em São Paulo, e estava vivendo com dois corações, morreu por volta das 4h30 da quarta-feira (11/03). Segundo o hospital, a causa da morte foi falência de múltiplos órgãos.
O paciente, um funcionário público de Belém, no Pará, foi submetido ao transplante de coração no dia 4 de março. Até então, ele precisava da ajuda de aparelhos para respirar e fazer o sangue circular pelo corpo devido a uma miocardiopatia dilatada, que é quando o músculo do coração aumenta de tamanho e perde a força para bombear o sangue. Além disso, ele sofria de hipertensão pulmonar e, por isso, passou pela cirurgia para ficar temporariamente com dois corações.
O antigo iria alimentar os pulmões, enquanto o novo ficaria com a função de bombear o sangue para o resto do corpo.Com o tempo, o órgão transplantado deveria assumir todas as funções e, com isso, o coração antigo seria retirado.
O transplante durou 12 horas e foi considerado um sucesso. Apesar disso, o estado de saúde dele era considerado grave. O servidor contava com ajuda de aparelhos para respirar e para que seu sangue circulasse. Ele também recebia medicamentos para estimular os batimentos cardíacos.
Embora em estado crítico, a saúde do paciente era estável desde a cirurgia. Nas últimas horas da terça-feira (10/03), contudo, o quadro de instabilidade evoluiu até ser caracterizado o óbito.