O cinema perdeu na sexta-feira a britânica Jean Simmons, indicada ao Oscar de Melhor Atriz pela atuação em Tempo para amar, tempo para esquecer (1969).
Ela morreu aos 80 anos em sua casa na cidade americana de Santa Mônica, na Califórnia. Protagonista de títulos como Eles e elas (1955) e Spartacus (1960), Simmons sofria de câncer de pulmão, segundo sua agente, Judy Page, citada pelo jornal Los Angeles Times.
Simmons, ganhadora de dois Globos de Ouro e um prêmio Emmy pela atuação na série dos anos 80 Os pássaros feridos, teve como último filme da carreira De encontro com o amor, de 2009.
Segundo o LA Times, a atriz chamou a atenção de um caça-talentos em uma aula de balé com apenas 14 anos. Ela participou de sete filmes antes de estourar em Grandes esperanças, adaptação do romance de Charles Dickens.
Ela foi indicada ao Oscar pela primeira vez em 1949, para o prêmio de Atriz Coadjuvante, em Hamlet. Em 1970, foi apontada para concorrer a Melhor Atriz no papel da esposa alcoólatra em Tempo para amar, tempo para esquecer.
Nascida no dia 31 de janeiro de 1929 em Londres, Simmons se mudou para Somerset após o começo da Segunda Guerra Mundial. Ao voltar à capital, no início da década de 40, matriculou-se na escola de dança de Aida Foster.
Jean Simmons foi descoberta por um caça-talentos e conseguiu seu primeiro papel no filme Give Us The Moon, de 1944, superando 200 candidatas.
Não demorou muito para seu rosto brilhar em Hollywood, fazendo sucesso como Ofelia em Hamlet, no ano de 1949. No entanto, ela ganhou fama entre o público pelas atuações em A lagoa azul e Grandes esperanças.
Em 1960, seu papel em Spartacus confirmou a presença entre as grandes estrelas de Hollywood. No ano seguinte, mudou os excessos dramáticos para respirar os da deliciosa comédia Do outro lado, o pecado, ao lado de Cary Grant.
No total, ela interpretou cerca de 75 filmes. Jean Simmons estava separada de seu segundo marido e tinha duas filhas, Tracey e Kate, de seu primeiro e segundo casamento, respectivamente.
