O ministro da Defesa da Itália, Ignazio La Russa, expressou hoje “plena
solidariedade a Flavio Briatore”, que após o escândalo envolvendo uma
batida de Nelsinho Piquet deixou a direção da Renault.
La Russa afirmou hoje que conhece “bem a honestidade intelectual”
de Briatore, e ressaltou seu talento para comandar escuderias da
Fórmula 1.
“Briatore demonstrou, no decorrer dos anos, ser não
apenas um vencedor, mas um empreendedor corajoso e um homem com H
maiúsculo”, disse o ministro da Defesa. Para ele, a saída do diretor
esportivo é “um gesto nobre, que deveria ser apreciado por todos”.
La Russa também chamou a atenção para a capacidade de Briatore para
lançar “estrelas”, dentre as quais citou o alemão Michael Schumacher e
o espanhol Fernando Alonso, e tornar competitivas equipes como a
Benetton e a Renault — ambas conquistaram títulos mundiais sob sua
coordenação.
O afastamento de Briatore e do engenheiro chefe da escuderia, Pat
Symonds, foi anunciado pela Renault por meio de um comunicado divulgado
hoje.
Acusado de haver planejado uma batida de Nelsinho Piquet
durante o Grande Prêmio de Cingapura do ano passado para favorecer
Alonso, Briatore corre o risco de ser banido do esporte caso seja
considerado culpado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
Na corrida do ano passado, o acidente do piloto brasileiro
favoreceu a estratégia de seu companheiro de equipe, que acabou
vencendo a prova. O piloto espanhol também é investigado, mas alega que
não sabia do plano.