O Ministério da Cultura está analisando a denúncia do jornal O Estado de S. Paulo sobre irregularidades no repasse de recursos para a União Nacional dos Estudantes (UNE). Segundo o jornal, a entidade não teria prestado contas de um convênio em que recebeu dinheiro público para produzir um documentário e livros sobre a história do movimento estudantil. Também teria fraudado um orçamento em outro convênio, chegando a somar um total de R$ 2,9 milhões em situação irregular. Por meio de sua assessoria, o ministério disse que o processo está “em análise” e que só vai se pronunciar depois que o trabalho for concluído.


 


Ainda no texto, o jornal diz que a UNE apresentou orçamento de uma empresa fantasma, com sede em Salvador, para justificar gastos com segurança de um encontro que aconteceu em Brasília, a 1.400 quilômetros do evento. Além de mostrar um segundo orçamento de outra empresa baiana que não existe. O ministério havia repassado R$ 342 mil para o encontro, que teve a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil).


 


Em nota, o presidente da UNE, Augusto Chagas, disse que a entidade está sendo “atacada” pelo jornal e pela mídia que “criminaliza” os movimento sociais. Sobre os convênios realizados com o Ministério da Cultura, a entidade diz que não contratou as “empresas fantasmas” citadas na matéria do jornal.


 


“Sobre os convênios, o jornal preferiu ignorar as dezenas de convênios públicos executados pela UNE nos últimos anos – todos absolutamente regulares. Ignora também os pedidos de prorrogação de prazos feitos aos convênios citados, procedimento usual e que não tem nada de ilícito”, diz a nota da instituição.


 




 


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Ministério da Cultura analisa denúncia de irregularidades em repasse de dinheiro para UNE