Um levantamento da Caixa Econômica Federal, que toma como base os dados recebidos até o último dia 21 de dezembro, revela que o programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida” fechará o ano com resultados mais tímidos do que as metas do governo, anunciadas em outubro por Paulo Bernardo, ministro do Planejamento.

Na época, ele disse esperar que as contratações de imóveis batessem na casa de 400 mil neste ano, “40% da meta de 1 milhão de moradias” que o governo pretende construir, especialmente para a classe mais baixa da população. No entanto, 2009 fechar com a contratação de apenas 229,9 mil moradias, quase 23% do patamar estimado.

Deste total, 60,3% (139,9 mil residências) são financiadas por famílias com renda de até três salários mínimos (R$ 1.395), enquanto 28,7% (66,2 mil) dos pedidos foram feitos por quem ganha entre três e seis salários mínimos e o restante (10,3%, ou 23,8 mil) vai para famílias com renda igual ou superior a seis salários mínimos.

Os contratos somam R$ 11,6 bilhões e, ainda que esteja abaixo da média, o total de unidades contratadas é muito superior ao que havia sido aferido em outubro, quando o governo trabalhava com apenas 89 mil financiamentos. Existe grande disparidade entre os Estados, visto que a Bahia, por exemplo, contratou apenas 25.716 moradias, 31,8% da meta, que está em 80.744 moradias, enquanto foram apresentadas, em Goiás, propostas para contratação de 26.311 unidades, mais de 95% das 27.613 moradias inicialmente previstas pelo governo.


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"Minha Casa, Minha Vida" fecha ano com apenas 23% da meta

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