Milhares de eleitores do candidato reformista Mir Hussein Moussavi se reuniram neste sábado (13), no centro de Teerã, para pedir a anulação das eleições presidenciais desta sexta-feira (12), vencidas pelo atual chefe de Estado iraniano, o ultraconservador Mahmoud Ahmadinejad.
Os manifestantes, que carregavam fotos de Moussavi e bandeiras verdes – a cor da oposição -, resistiam às tentativas da Polícia de dispersá-los.
“Este não foi meu voto”, gritavam os eleitores insatisfeitos com a vitória de Ahmadinejad, que recebeu 64% dos votos, segundo os resultados oficiais.
Segundo dados do Ministério do Interior, Ahmadinejad teve o dobro de votos de Moussavi, que denunciou falhas e irregularidades no processo eleitoral.
Em entrevista coletiva, Ali Akbar Mortazaminpour, que trabalha no comitê de Moussavi como encarregado de fiscalizar a apuração, disse que “os erros” cometidos não são “símbolo da democracia iraniana”.
Mortazaminpour disse que faltaram cédulas em várias seções – apesar de terem sido impressas pelo menos cinco milhões a mais que o necessário – e que representantes dos candidatos tiveram dificuldades para trabalhar.
Logo após o fechamento dos colégios eleitorais, Moussavi declarou sua vitória nas eleições presidenciais do Irã com uma “grande vantagem” sobre Ahmadinejad.
Numa entrevista coletiva, o ex-primeiro-ministro afirmou que as pesquisas de boca-de-urna lhe davam uma vitória esmagadora.
No entanto, minutos depois, a agência estatal Irna anunciou a reeleição do atual presidente.