Em um almoço promovido pela Amcham-São Paulo, Brad Smith, general counsel da Microsoft anunciou que a empresa investirá mais de US$ 9 bilhões em pesquisa e desenvolvimento em 2009.
Em seu discurso, Brad afirmou que esse valor está acima do registrado em 2008 e se mostrou esperançoso para os próximos meses, mesmo com o fantasma da crise econômica. Não reduziremos os recursos para pesquisa e desenvolvimento, pelo contrário. No ano passado, destinamos US$ 9 bilhões e, neste ano, investiremos mais do que isso. Em 2010, os investimentos na área também crescerão além dos US$ 9 bilhões, disse Smith.
O tema do almoço-debate era Inovação e Propriedade Intelectual no Cenário Econômico e além de Brad, também participaram André Franco Montoro Filho, presidente executivo do Instituto Brasileiro de Ética Empresarial (Etco), e Juliana Viegas, presidente da Associação Brasileira de Propriedade Intelectual (ABPI). O clima que permeou os três discursos foi de investimento em pesquisa e inovação.
Bem humorado, Smith demonstrou otimismo em relação ao futuro, mas não deixou de ser realista. Segundo ele, a companhia tem diversos projetos de longo prazo e acredita que poderão gerar oportunidades em diversos setores da economia. A inovação promove o desenvolvimento e deve ser tratada como uma das ferramentas mais importante para sairmos desta séria crise. Temos que confiar mais na inovação hoje do que nos últimos anos, disse.
O executivo enumerou os principais fatores determinantes para que haja estímulo à inovação. Na avaliação dele, cada nação deve ter regras claras de proteção à propriedade intelectual. Além disso, é crucial a ampliação dos recursos destinados à educação desde a base até a formação de mestres e doutores; o aumento das verbas governamentais para pesquisa e a intensificação do diálogo entre a universidade e o setor privado.
Mesmo com o otimismo…
Por conta da crise, Brad admitou que a Microsoft já realizou uma série de reduções em seus gastos especialmente nas áreas administrativa, de marketing e jurídica da ordem de US$ 1,5 bilhão. A companhia gastará US$ 27,5 bilhões em suas atividades neste ano.
A empresa também anunciou em janeiro que cortará cerca de três mil empregos em todo o globo paulatinamente até meados de 2009. O quadro de funcionários cairá de 98 mil para 95 mil.