O governo mexicano anunciou hoje que empreenderá diversas ações na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra os países que restringiram as importações dos produtos derivados de porco que a nação exporta como uma resposta ao surto de gripe suína que atinge o México.
Em comunicado, a Secretaria de Economia mexicana explicou que pedirá formalmente na OMC que “os países correspondentes deem uma explicação sobre as restrições adotadas, incluindo o sustento científico”.
Nos últimos dias, a China e outros países anunciaram que impediriam a entrada de produtos suínos de origem mexicana, apesar da Organização Mundial da Saúde (OMS) ter reiterado em várias ocasiões que o consumo de carne de porco não traz risco.
Na própria quinta-feira a organização mudou a denominação do vírus que causa a gripe para AH1N1 na tentativa de evitar que a doença afete mais a indústria mundial de produtos derivados do porco.
A secretaria mexicana explicou que exigirá aos países que impeçam a entrada dos produtos mexicanos “que cumpram imediatamente sua obrigação de notificação e transparência no amparo da OMC”.
O México pedirá ainda aos parceiros comerciais do país que eliminem “qualquer medida de restrição estabelecida sobre produtos mexicanos por ocasião da influenza (gripe suína) que não seja coerente com a informação científica correspondente e com as obrigações internacionais”.
As autoridades sanitárias do México, continua a secretaria, “fizeram um amplo trabalho de diagnóstico e vigilância e confirmaram que não existe foco algum de gripe AH1N1 na cultura de porcos nacional”.
O valor da produção mexicana de porcos supera os 30 bilhões de pesos (US$ 2,205 bilhões) ao ano.