O título de Thomaz Bellucci no ATP de Gstaad recolocou o Brasil no topo de um torneio mundial importante depois de cinco anos. Para muitos, isso servirá para dar mais calma para a nova geração do tênis nacional, muito pressionada depois da chegada ao topo de Guga.
Acho que o Guga foi bom, mas o Bellucci é o Bellucci e não o Guga. Não podemos cobrar todos os nossos tenistas de serem o número um do mundo. Os brasileiros não podem ser viúvas de quem foi melhor. Na Fórmula 1, Senna foi o melhor, mas hoje temos Rubinho e Massa que são bons e merecem ser valorizados, disse Fernando Meligeni, ex-tenista, em entrevista ao VirgulaEsporte.
Para o ex-atleta, muitos sofrem de complexo de número 1 do mundo o que não existe no país e comprovados por número. Segundo Meligeni, em todos os tempos, o Brasil só teve oito jogadores que figuraram entre os 50 melhores do mundo, um dos objetivos de Bellucci após o título. Atualmente, o tenista é o 65º da ATP.
O ex-tenista lembrou também que o resultado de Bellucci e a semifinal de Marcos Daniel foi muito importante para o tênis nacional. É muito importante esse título porque acaba o estigma que eles são tenistas de challenger apenas que não conseguem ser campeão de ATP’s, afirmou Fininho, como é conhecido o ex-tenista.
Quando a questão é apoio, Meligeni prefere não se iludir devido a apenas um resultado. Na opinião do ex-tenista, o ritmo no Brasil é tocado conforme os títulos e os novos patrocinadores surgem conforme o atleta ganha as coisas.
Sou meio cético em relação a patrocínio. O apoio no tênis brasileiro sempre foi o mesmo, mas com atletas como o Guga aumentam por eles estarem na mídia. A política no Brasil funciona no quesito ‘o melhor é mais’ com a banda tocando nesse ritmo, completou Meligeni.