Analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) esperam por um desempenho melhor da economia neste ano. A estimativa para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de bens e serviços produzidos no país, passou de 0,16% para 0,15%.

Há quatro semanas a projeção de retração era de 0,34%. As informações estão no boletim Focus, divulgado todas as segundas-feiras pelo BC.

Na última sexta-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB cresceu 1,9 % no segundo trimestre do ano na comparação com o trimestre anterior. Em relação ao segundo trimestre de 2008, houve queda de 1,2%.

A expectativa do ministro da Fazenda, Guido Mantega, é de que a economia brasileira cresça 1% em 2009. O BC revisa suas projeções para o PIB no Relatório Trimestral de Inflação, que será divulgado ao final deste mês.

Para os analistas do mercado financeiro, a economia deve se recuperar em 2010, com crescimento de 4%. Essa é a mesma previsão da semana passada.

No que diz respeito à produção industrial neste ano, os analistas preveem retração de 7,28%, ante os 7,35% projetados anteriormente. Para 2010, a previsão de crescimento passou de 5,65% para 6%.

Os analistas também alteraram a projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB de 42,50% para 42,75% neste ano e de 40,95% para 41% em 2010.

A projeção para a cotação do dólar ao final deste ano passou de R$ 1,85 para R$ 1,81. Para 2010, não foi alterada a projeção de R$ 1,85.

A previsão para o superavit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) neste ano subiu de US$ 24,3 bilhões para US$ 25 bilhões. Para 2010, a expectativa foi mantida em US$ 18 bilhões.

Para o deficit em transações correntes (registro das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior), os analistas ajustaram a estimativa de US$ 15,050 bilhões para US$ 15  bilhões. Em 2010, a expectativa para o resultado negativo passou de US$ 22,2 bilhões para US$ 22,8 bilhões.

A estimativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) foi mantida em US$ 25 bilhões neste ano e em US$ 30 bilhões, em 2010.


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Melhora expectativa de analistas para o desempenho da economia

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