Neste domingo (25), no Beira-Rio, Internacional e Grêmio se enfrentam pelo Campeonato Brasileiro. Em campo, duelarão não só pela rivalidade histórica e centenária, mas também pelas pretensões no torneio: quem perder, praticamente dá adeus às chances de título.

Dando continuidade à saga do VirgulaEsporte em conhecer um pouco mais sobre os profissionais dos bastidores do futebol, nosso personagem deste domingo é Juarez Quintanilha, massagista do Inter. Se ele é colorado? “Claro que sou, e o estresse que sinto é o mesmo dos jogadores. Corremos juntos, somos funcionários do clube”, conta Quintanilha.

Há mais de vinte anos no Inter – “São dez no amador e mais dez no profissional” –, o massagista, junto dos roupeiros, é o primeiro a chegar ao clube. E o último a sair. Com tanto tempo de serviços prestados ao Colorado, Quintanilha tem boas e más lembranças em sua carreira. Triste, lembra do ano de 2003, quando retornou das férias e não encontrou o jogador Mhaicon Librelato, que faleceu em um acidente automobilístico.

“Se fosse para citar uma recordação bacana, diria que foi o Mundial Interclubes de 2006, que conquistamos no Japão. Esse é o ápice da trajetória de qualquer um que está no futebol”, recorda o massagista, resgatando também os trunfos na Taça São Paulo de 1998 (“Essa eu buscava há sete anos”), a Sul-Americana e a Libertadores.

Justamente na última competição citada por Quintanilha, em 2006, aconteceu uma das histórias mais engraçadas do massagista. O Inter precisava encarar a equipe do Pumas, no México e, reclamando muito durante o jogo, o profissional esteve perto de ser expulso pelo árbitro. Contudo, pouco antes do juiz sinalizar que ele estava fora, ele disse: “Eu não ‘hablo’ espanhol”. Todos caíram na risada, inclusive a autoridade máxima da partida. Acabou escapando da saia justa.

Profissão e Gre-nal

Para muitos, massagem significa relaxamento, prazer, descanso. No entanto, não é bem assim que funciona em uma rotina de jogos e treinamentos. Por isso, Quintanilha explica como funcionam as técnicas quando o assunto é o tratamento dos atletas colorados.

“A massagem descongestionante é a que mais usamos, pois ela não é relaxante. Deixa o cara mais leve, já que ele não pode ficar relaxado. Já no caso de contusões, trabalhamos mais as massagens terapêuticas”, explica.

Essas tais massagens terapêuticas devem ser as mais procuradas pelos atletas do Inter, principalmente, em dias depois de confrontos contra o rival Grêmio. “Nem me fale de Grenal, estou nervoso desde segunda-feira. Em São Paulo, por exemplo, têm vários clubes grandes, e aqui, só dois, daí o ‘bicho pega’. Eu não passo pela rua do Grêmio e vice-versa; aqui a coisa é feia”, comenta. Ele espera ver o Colorado vencedor no Grenal para depois conseguir roubar pontos do São Paulo, no Morumbi, na próxima rodada.

Mas, se você pensa que a rivalidade Grenal é grande o suficiente para afastar dois profissionais da mesma área, Quintanilha revela um segredo. “Embora agora seja difícil vê-lo, conheço o Marquinhos, massagista do Grêmio, desde os tempos de amadores. E nos damos muito bem”, encerra o Colorado. Depois do apito final no Beira-Rio, dependendo do resultado, por um bom tempo ele não vai querer saber do amigo Marquinhos…


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Massagista colorado conta histórias e revela sua expectativa para o Grenal deste domingo

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