Os três navios da Marinha, que buscam destroços do Airbus da Air France, já começaram a recolher os primeiros pedaços da aeronave na tarde desta quinta-feira (04), afirmou o comando da aeronáutica.
Os materiais foram colocados na fragata Constituição, da Marinha, onde serão transportados. As embarcações da Marinha foram divididas nas buscas e percorrerão uma área de 120 milhas náuticas de raio, o equivalente a 222 km. Cada navio terá responsabilidade por uma das áreas.
Em entrevista coletiva durante a manhã, o diretor do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, brigadeiro Ramon Borges Cardoso, afirmou que o avião R-99 da Aeronáutica localizou mais destroços do Airbus da Air France.
Ele ressaltou que são as partes internas do avião e que as buscas continuam, entretanto, de forma visual. De acordo com ele, os helicópteros trabalham visualmente, mas não têm capacidade de fazer recolhimento dos destroços.
As partes da aeronave serão levadas inicialmente para a ilha de Fernando de Noronha e depois transportadas para Recife. Nesta quarta-feira, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, praticamente descartou a possibilidade de se encontrar sobreviventes entre os 228 passageiros. Ele reafirmou que a investigação sobre as causas do acidente será feita pelo governo francês.
HOMENAGEM
Nesta quinta (04), cerca de duas mil pessoas foram à Igreja da Candelária, no centro do Rio de Janeiro, durante culto ecumênico em memória dos passageiros do Airbus A330.
Além de parentes e amigos de passageiros, estiveram presentes funcionários da companhia aérea Air France e autoridades brasileiras e francesas. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na celebração.
Amorim lembrou as semelhanças entre o Brasil e a França e pediu que os dois países mantenham uma ligação marcada pelo bom convívio.