Após a reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social nesta terça-feira (15), no Palácio do Itamaraty, em Brasília, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, assegurou que o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de automóveis, que foi cortado pelo governo durante o período mais agudo da crise financeira, será gradualmente retomado a partir do mês que vem, conforme estava previsto.
O IPI para carros populares, de até mil cilindradas, caiu de 7% para zero, enquanto para automóveis entre mil e duas mil cilindradas, movidos a gasolina, foi reduzido de 13% para 6,5%, caindo de 11% para 5,5% nos casos em que a venda envolva carros flex (bicombustível) e movidos a álcool.
Também presente ao encontro, o presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores, Jackson Schneider, assegurou que cada empresa poderá definir se haverá reajuste nos preços, uma vez que estes caíram com a redução do IPI, afirmando que “se vai reduzir a margem [de lucro] ou vai subir o preço, é um jogo comercial”.
Mantega ressaltou que o governo não iniciará a tributação das cadernetas de poupança acima dos R$ 50 mil neste ano, como estava previsto, porque a migração da renda fixa para esta modalidade de investimento foi baixo. Não houve nenhuma confirmação, pelo ministro, da tributação no ano que vem.