“O mundo precisa de calor humano, não de aquecimento global”. Com esta frase estampada em cartazes e panfletos, manifestantes estiveram durante a tarde de hoje (9) na Avenida Paulista recolhendo assinaturas para um abaixo-assinado que pede ao governo a adoção de medidas claras e efetivas para evitar as consequências do aquecimento global.
A Campanha TicTac pretende conseguir 500 mil assinaturas, somente no Brasil, até a reunião de Copenhague, em dezembro. No mundo, a meta é chegar a 6 milhões de assinaturas. “Queremos que os governantes deixem de ser genéricos. De Lula, queremos que ele seja um protagonista positivo deste processo”, explicou Adriana Charoux, membro do Conselho Cosultivo da TicTac.
“O fato de ele ir para Copenhague será um reforço, a prova de que ele está comprometido com as soluções”, afirmou Adriana.
Os manifestantes colhiam assinaturas próximo ao escritório da Presidência da República, em São Paulo, onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reúne com os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc; da Agricultura, Reinhold Stephanes; da Casa Civil, Dilma Roussef; da Secretaria-Geral da Presidência da República, Luiz Dulci; do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para decidir as resoluções para a 15ª Conferência das Partes sobre o Clima (COP-15), em dezembro, em Copenhague.
Os estudantes Lafaytte Modesto e Rafael Lodi passavam pela avenida quando decidiram assinar o documento. “A presença do Brasil nas questões ambientais não está tão forte, é preciso pressionar”, disse Modesto.
Para Lodi, o governo está mais preocupado com a camada pré-sal: “Não vejo o meio ambiente nas pautas do governo. Eles só falam do petróleo porque é mais político”, completou.
A dona de casa Isabel Moreli também firmou o abaixo-assinado. “Eu não penso em mim, faço isso pelos meus netos”, disse.
