Com os gritos de “Ou Muda Ou Fecha” e “Assassinos”, cerca de 300 ativistas pelos direitos da causa animal protestaram às 13h de hoje em frente ao Centro de Controle de Zoonoses de São Paulo, na Rua Santa Eulália, no bairro de Santana, contra a gestão de Marco Antonio Vigilato.
Segundo ONGs de defesa dos animais, o CCZ teria proibido todas as opções levadas pelas entidades de proteção para ajudar os bichos confinados no local. Proibiu feiras de doações; inviabilizou a doação dos cães de grande porte, mesmo dóceis; proibiu que cães fossem fotografados com a finalidade de divulgação e doação; proibiu que os animais tomassem banhos pagos por simpatizantes, entre várias outras polêmicas atitudes.
De acordo os organizadores do protesto, os animais vivem em uma situação lamentável, confinados em espaços pequenos, sem sol, ventilação e higiene, passam fome, não há separação adequada dos animais ou assistência para os que adoecem. E, o mais grave: o CCZ da Capital mata 95% dos animais que recolhe, incluindo os saudáveis. Ou seja, desrespeitam a Lei Estadual nº. 12.916, vigente desde abril de 2008, que proíbe as prefeituras do Estado de promover a matança de animais sadios.
Estiveram presentes no protesto os vereadores Aurélio Miguel (PR) e Roberto Tripoli (PV), o deputado estadual Feliciano Filho (PV – Campinas), a jornalista Barbara Gancia, Virginia Lee (irmã de Rita Lee) e a apresentadora Luiza Mell. Esta última chegou a ser vaiada por alguns manifestantes que a chamaram de oportunista. “Ser protetora de animais não é somente aparecer em manifestações e oba-oba mas sim cuidar deles no dia-a-dia, recolher animais doentes e levar pra casa, gastar com rações e remédios do próprio bolso”, disse a dona-de-casa Marisa. “É deixar de fazer a unha pra gastar com cachorro”, complementa a comerciante Alessandra.
Sobre os motivos que levaram a atual gestão a tomar essas medidas, o deputado Feliciano diz que é pura falta de vontade política. “As entidades querem ajudar e eles não aceitam. Ainda não descobrimos o motivo mas, sem querer acusar ninguém, algumas cidades do Estado recusaram ajuda dos protetores pois ganhavam comissão do incinerador por quilo de cachorro morto”, revela. Ele afirma que é muito mais barato trabalhar de forma preventiva, castrar e identificar os animais, que custa no máximo R$ 40,00 para os cofres, do que matá-los e incinerá-los, o que pode chegar a um custo de até R$ 130,00. “A questão dos animais não é só uma questão humanitária mas uma questão de meio ambiente e de saúde pública”, complementa o parlamentar.
Após uma breve reunião do diretor Vigilato com políticos e representantes de várias ONGs, que acabou com respostas evasivas e sem nenhum acordo, um dos organizadores da manifestação, Fábio Paiva (Holocausto Animal), prometeu novo protesto em frente ao prédio da Prefeitura de São Paulo nos próximos dias.
Para quem quiser ajudar, mesmo não morando em São Paulo é só assinar a petição online aqui ou visitar o site ww.manifesta.kit.net
Confira na galeria fotos do protesto.