Uma nova relação de 468 atos secretos foi encontrada na noite desta quarta-feira (12) no Senado. Eles foram editados há dez anos e constam em 50 boletins internos. A maioria trata de aumento de salários com pagamento retroativo para servidores e nomeação de funcionários.

Entre 1998 e 1999, quando o falecido senador Antônio Carlos Magalhães (ACM) era o presidente do Senado, os atos secretos foram incluídos em boletins suplementares, e só agora disponibilizados na rede de computadores do Senado, depois que a comissão de sindicância iria terminar o trabalho com os atos secretos anteriores.

O primeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes (DEM-PI), determinou a instalação de um inquérito para apurar o caso.

Entre as medidas que não tiveram a devida publicação na rede de intranet do Senado, está a nomeação de Ronaldo Cunha Lima Filho, filho do ex-primeiro secretário e senador Ronaldo Cunha Lima (PSDB-PB). Nos últimos anos, Cunha Filho estava alocado no gabinete do então primeiro secretário Efraim Morais (DEM-PB).

Histórico

A conclusão da primeira comissão de sindicância é que 663 atos constam em 312 boletins que não foram publicados na rede de intranet do Senado. De imediato, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), tomou a decisão de anular todos eles, pois não cumpriram o princípio constitucional da publicidade. Contudo, nas últimas semanas, a Diretoria Geral vem apresentando justificativas para validá-los.


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Mais 468 atos secretos são descobertos no Senado

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