A maioria dos financeiros americanos considera que a recessão nos Estados Unidos já terminou e prevê uma recuperação do crescimento econômico no país de 2,9% no final de ano, segundo um estudo divulgado hoje pela Associação Nacional de Economistas de Empresas (NABE, na sigla em inglês).
“A grande recessão acabou”, disse a economista-chefe da Universidade de Point Loma Nazarene (Califórnia), Lynn Reaser, que apesar das boas perspectivas advertiu que os pontos de maior preocupação são o alto endividamento do Governo e o elevado desemprego.
Em um comunicado de imprensa divulgado hoje, Lynn afirma que, segundo uma enquete da NABE, “a grande maioria dos economistas empresariais acreditam que a recessão terminou, embora a recuperação econômica seja moderada”.
Além disso, assinalou que após a contração de 6,4% do crescimento econômico no primeiro trimestre do ano e de 0,7% no segundo, “a NABE prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) crescerá a um ritmo de 2,9% na segundo semestre”, e de 3% em 2010.
A NABE assegura também que mais de 80% desses profissionais acredita que “os mais de três anos de queda no setor de habitação também estão perto de seu fim, com um crescimento substancial para o próximo ano”.
A analista acrescentou que as principais “áreas de preocupação são os fortes incrementos do endividamento em nível federal e as taxas de desemprego que se espera que sigam elevadas ao longo do próximo ano”.
Nesse sentido, os analistas preveem uma taxa de desemprego de 10% para o primeiro trimestre de 2010, para ficar durante o resto do próximo ano em torno de 9,5%, enquanto esperam que “a inflação seja contida”.
No início de outubro, o Departamento de Trabalho dos EUA anunciou que em setembro o desemprego era de 9,8%, o mais alto desde os anos 80.
“A boa notícia é que esta longa e profunda recessão parece ter terminado e que a economia dos EUA pode voltar ao caminho do crescimento sólido ao longo do ano, sem temores de um aumento da inflação”, segundo a NABE.
Sobre esse indicador, a pesquisa mostra que para a maioria dos economistas a inflação “seguirá baixa”, e que se situará em torno de 1,5% em 2010, um décimo a mais que o esperado para o final do ano.
Sobre o setor da construção, os economistas da NABE indicaram que os investimentos já aumentaram 38% e 8% no âmbito residencial, enquanto esperam que 2010 “seja o primeiro anos desde 2005 em que o setor contribuirá com o crescimento global” do país.
Os analistas esperam que, após o setor ter chegado ao fundo do poço ao longo deste ano, os preços das casas “aumentem 2% em 2010”.
No entanto, sua preocupação principal sobre o setor continua sendo a perda dos empregos e o reduzido acesso ao mercado de crédito.