No último dia dos desfiles para a temporada outono-inverno da Semana de Moda de Paris, o americano Marc Jacobs, para a Louis Vuitton, e a chinesa Shiatzy Chen, para sua própria grife, apresentaram coleções luxuosas e coloridas.
O trabalho dos dois estilistas, que exploraram matérias-primas suntuosas e ousaram na mistura de cores, bordados e formas orientais e ocidentais, foi uma nova confirmação de que a crise não obrigará ninguém a se vestir de preto ou com roupas de tecidos e cortes sóbrios.
Jacobs fez sua apresentação no Pátio Quadrado do Museu do Louvre, numa tenda transparente e menor do que aquela em que desfilou na última temporada. Porém, o nova-iorquino não economizou no que levou à passarela.
Rica em detalhes, a coleção que o estilista americano criou para a Louis Vuitton teve como principal característica a silhueta ajustada, quebrada com ombreiras exageradamente grandes.
Para compor o visual, Jacobs também apostou nos coques levemente despenteados, nos sapatos e sandálias de salto alto, e nas pérolas, que apareceram reluzentes e nos mais variados tamanhos na cabeça, nos pés, na cintura e, como não poderia deixar de ser, em volta do pescoço.
Por sua vez, a chinesa Shiatzy Chen, que apresentou sua coleção na Escola de Belas Artes de Paris, fez um desfile poético, reflexo de sua grande paixão pela arte e a poesia.
Sem renunciar a suas origens – pelo contrário, com a clara intenção de realçá-las -, a estilista chinesa levou à passarela criações inspiradas na Rota da Seda, mas com toques notadamente ocidentais.
Os destaques foram os bordados, os vários tecidos e texturas, e as combinações de vermelhos, laranjas, azuis, dourados e marrons.