Durante a inauguração da Barragem de Setubal, iniciada em 1980 no Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres de Minas Gerais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assegurou que é importante, até o final de março (quando diversos ministros deixarão os cargos, candidatando-se a cargos na eleição nacional) inaugurar o “máximo de obras possível”, para “mostrar quem foram as pessoas que ajudaram a fazer as coisas nesse país”.

 

Estavam presentes à cerimônia dois políticos que deixarão o governo e disputarão as eleições: Dilma Rousseff, ministra-chefe da Casa Civil e indicada pelo Partido dos Trabalhadores para a sucessão presidencial, e Gedeel Vieira Lima, ministro da Integração Nacional e postulante ao governo da Bahia. Eles deixarão os postos até 3 de abril, segundo o Tribunal Superior Eleitoral.

 

Lula garantiu ainda ter dito “ao companheiro Geddel que nesse trimestre nós vamos precisar visitar muito Minas Gerais. Vamos precisar pegar todas as obras, que são muitas, para que a gente possa inaugurar porque a partir de abril o Geddel já não estará mais no governo, a Dilma já não estará mais no governo e quem for candidato não pode nem subir no palanque comigo”.

 

O presidente afirmou que torce, a cada inauguração, para que estejam presentes políticos da oposição, especialmente um prefeito ou governador, “porque, quanto mais obra ele inaugurar, mais o povo será beneficiado. Vamos acabar com a mesquinharia nesse país de que dois caciques da política ficam brigando e quem come o pão que o diabo amassou é o povo pobre desse país.”

 

Em outro evento, a inauguração do campus de um instituto federal na também mineira Araçuaí, ele voltou a prometer “que nós vamos fazer a sucessão presidencial. Que me desculpem os adversários, mas nós vamos ganhar pra poder ter continuidade essas coisas. Se para tudo o que está acontecendo nesse Brasil e a gente volta ao passado, todo mundo sabe como é que é. Portanto, ninguém precisa acreditar em fantasias ou em promessa de última hora. Quem faz, faz. Quem não faz, promete”.


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Lula quer inaugurar 'máximo de obras' até março