O presidente Lula cobrou dos senadores, nesta terça (28), uma solução para a crise no Senado, envolvendo o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), e o ex-diretor-geral, Agaciel Maia.
Em entrevista a uma rádio em Campina Grande, o presidente disse que “na volta do recesso, eles têm de reunir-se e dizer o que querem do Senado. O que não é possível é permitir esse desgaste porque isso mata as pessoas e mata a instituição”.
Ainda nesta terça, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), teve uma reunião para discutir com técnicos do partido para discutir a forma como será encaminhada a representação ao Conselho de Ética contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), provavelmente durante a tarde. Guerra explicou que não haveria tempo de a Executiva se encontrar para decidir o assunto.
Uma das dúvidas é se os tucanos encaminharão uma ou quatro representações uma vez que o objetivo é dar respaldo partidário as quatro denúncias que já estão no Conselho de Ética protocoladas pelo líder Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM).
Jornalistas
Por outro lado, Sarney prepara sua reação ao que chama de campanha midiática para forçar sua saída do cargo. Há três semanas, ele contratou uma equipe com 15 jornalistas, para acompanhar minuciosamente os noticiários e preparar respostas.
A equipe foi contratada até novembro e trabalha inclusive nos finais de semana, com um salário de R$ 1,8 mil para cada profissional, por uma jornada diária de seis horas.
A maior parte dos jornalistas é recém-formada e, além de acompanhar jornais impressos e na TV, eles também monitoram o conteúdo de sites e redes sociais, como Orkut e Twitter.