Los Angeles Lakers e Boston Celtics, que têm a maior rivalidade do basquete americano, decidirão pela 12ª vez, a partir desta quinta-feira, o título da NBA.
Liderados pelo ala-armador Kobe Bryant e o pivô espanhol Pau Gasol, a equipe californiana tentará diminuir a ampla vantagem do Celtics nos 11 confrontos anteriores – o time de Massachusetts levou a melhor em nove.
O Lakers, do técnico Phil Jackson, tem vantagem na série melhor de sete partidas por ter feito melhor campanha na temporada regular (57 vitórias e 25 derrotas), e superou na final da Conferência Oeste o Phoenix Suns.
Além de Kobe e Gasol, a equipe conta com coadjuvantes de luxo, como os alas Ron Artest e Lamar Odom, que contribuíram decisivamente para que o Los Angeles chegasse à decisão com vitória por 4 a 2 na série contra o time do brasileiro Leandrinho.
Idêntico resultado a favor teve o Boston na final da Conferência Leste contra o Orlando Magic, que foi finalista no ano passado. Apesar de contarem com um dos melhores pivôs da Liga, Dwight Howard, a equipe da Flórida sucumbiu perante a forte defesa dos comandados de Doc Rivers.
O “Big Three” (os veteranos Paul Pierce, Kevin Garnett e Ray Allen) demonstrou estar em grande forma, e foi bem auxiliado pelo armador Rajon Rondo, o pivô Kendrick Perkins e os alas-pivôs Glen Davis e Rasheed Wallace.
Antes de despachar o Suns, o Lakers eliminou nos playoffs o Oklahoma City Thunder e o Utah Jazz. O Celtics (50-32 na fase regular), por sua vez, derrotou o Miami Heat e o Cleveland Cavaliers – este último que conta com LeBron James e o brasileiro Anderson Varejão e era considerado um dos grandes favoritos ao título.
A última vez que os dois finalistas deste ano se cruzaram na decisão do título da NBA foi em 2008, e o Celtics fechou a série em 4 a 2.
O time de Massachusetts também levou a melhor nas oito primeiras vezes que encarou o Lakers na final (1959, 1962, 1963, 1965, 1966, 1968, 1969 e 1984), sendo que em sete delas contava com o lendário pivô Bill Russell , que também acumulou o cargo de técnico em 68 e 69, após a aposentadoria de Red Auerbach. Depois, houve duas vitórias seguidas para o Lakers (em 1985 e 1987), na era das batalhas entre Magic Johnson e Larry Bird.
Além dos três astros citados, Celtics e Lakers contaram com vários jogadores que estão entre os melhores de todos os tempos, como Wilt Chamberlain, Jerry West, Elgin Baylor e Kareem Abdul-Jabbar (Lakers) e Bob Cousy, John Havlicek e Dennis Johnson (Boston).
“Quando jogamos contra o Lakers, pensamos mais em vencê-los do que em ganhar o anel. E isso é bom”, disse o técnico do Boston, Doc Rivers.
Já o Lakers nutre a vontade de “vingar” a derrota de 2008, como explicou Kobe.
“É um grande desafio, e isso faz com que tiremos o melhor de nós mesmos”, disse o ala-armador na terça-feira, em entrevista coletiva.
Como em todo fim de temporada, alguns jogadores enfrentam problemas físicos, e os de Lakers e Celtics não fugiram à regra.
O pivô Andrew Bynum, do time californiano, talvez tenha que operar o menisco de seu joelho esquerdo em breve, mas “irá para o sacrifício”, assim como Rajon Rondo e Rasheed Wallace, que sofrem com espasmos musculares nas costas. Mas poucos duvidam que tudo isso será esquecido quando a bola for lançada na primeira partida da série.
