Em 1969, o Brasil vivia a era dos anos de chumbo. A ditadura militar tinha baixado o AI-5 no ano anterior, fechando o Congresso e restringindo as liberdades dos cidadãos. Prisões sem julgamento, desaparecimentos e tortura de opositores corriam solto.
O clima era portanto nada apropriado para o lançamento de um jornal debochado, crítico e sem medo de cutucar assuntos sensíveis e pessoas importantes. Mesmo assim, o Pasquim foi lançado em junho de 1969. Logo virou um sucesso.
O jornal durou 22 anos e teve 1.072 números. Acaba de ser publicado o livro O Pasquim – 40 Anos (Desiderata, 40 páginas, R$ 39,90), que reúne 31 capas lendárias do auto-intitulado “jornaleco”. Veja algumas delas ao lado.
Reunindo alguns dos melhores jornalistas (Ivan Lessa, Paulo Francis, Sérgio Augusto, Ruy Castro, Tarso de Castro) e cartunistas da época (Henfil, Jaguar, Ziraldo, Millôr Fernandes), além de famosos convidados como Chico Buarque e Rubem Fonseca, o Pasquim publicou entrevistas históricas e nunca cansou de ser provocativo.