Ao menos 250 nomeações para cargos de confiança no Senado foram feitas por meio de atos secretos. O levantamento foi realizado pelo jornal Folha de S. Paulo. Os boletins não publicados serviram, entre outras coisas, para esconder decisões administrativas, aumentar benefícios, exonerar servidores e mudar cargos. Desde 1995, foram assinadas ao menos 663 medidas do tipo no Senado.
De 2005 a 2007, período em que o Senado foi presidido por Renan Calheiros (PMDB-AL), foram nomeadas 98 pessoas de forma sigilosa.
Em junho de 2006, Marcelo Zoghbi, filho do diretor afastado de Recursos Humanos do Senado, João Carlos Zoghbi, foi remanejado para o cargo de assessor técnico do gabinete do senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Pai e filho foram indiciados pela Polícia Legislativa por usarem uma empresa em nome de laranjas para intermediar empréstimos consignados a servidores da Casa.
A mulher do ex-diretor de Recursos Humanos, Denise Zoghbi, e outros dois filhos, João Carlos Zoghbi Júnior e Luis Fernando Zoghbi, também ganharam cargos de confiança por meio dos atos.
