O primeiro dia do leilão de 1.180 peças, que incluem móveis e objetos pessoais do estilista Yves Saint Laurent, que morreu em 2008, e que eram compartilhadas com seu amigo e mais próximo colaborador, Pierre Bergé, terminou hoje, em Paris, com uma arrecadação total de US$ 2,9 milhões. Ou seja, mais da metade do total do valor que era esperado até o dia 20, segundo ressaltou o vice-presidente da Christie’s e principal organizador do leilão, François de Ricqlès.

 

Os primeiros lotes são procedentes do castelo Gabriel, mansão que Saint Laurent tinha na Normandia (França). A previsão é que as vendas, que durarão quatro dias, arrecadem entre US$ 4 milhões e US$ 6 milhões e os lucros serão destinados à pesquisa e à luta contra a aids.

 

No início da manhã não havia “muita gente na sala, mas muito interesse por telefone e muitos lances”, disse Guillaume Guédé, diretor-geral da empresa organizadora do evento, a Christie’s. É um pouco cedo “para falar do êxito das vendas, mas segundo os números que temos, foi um bom início”, afirmou. A assistência “não reflete completamente” a realidade do leilão, que é “longo, que vai durar quatro dias, e para o qual esperamos muita gente”, acrescentou.

 

A situação é muito diferente do primeiro leilão organizado também por Bergé em fevereiro, no Grand Palais, que vendeu obras de arte e arrecadou quase US$ 560 milhões.

 

Entre os objetos pessoais de Saint Laurent que já foram vendidos está um grande vaso chinês tipo Fahua, da dinastia Ming, avaliado nos catálogos entre US$ 59.880 e US$ 89 mil. A peça foi vendida por US$ 44.900.

 

Neste tipo de venda “não é a qualidade ou o valor dos objetos o que determinam as vendas, mas o gosto das pessoas”, insistiu.


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Leilão de objetos pessoais de Yves Saint Laurent supera expectativas

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