O ala LeBron James, que disputou a última temporada da NBA pelo Cleveland Cavaliers, terá um programa de televisão de uma hora para anunciar hoje por qual equipe jogará a partir de outubro.
Até agora, a grande notícia do basquete americano foi a permanência do armador Dwayne Wade no Miami Heat, time para o qual foi o ala Chris Bosh, que rejeitou a opção de ir para Cleveland Cavaliers.
Agora é o Heat que está no ataque para aproveitar do mercado de agentes livres e tentar erguer um time de fazer tremer os adversários.
Além de ficar com dois dos três melhores jogadores sem contrato que havia no mercado, o Heat ainda tem chance de fazer James ir para Miami.
O presidente do Miami Heat, Pat Riley, ainda tem espaço em seu teto salarial para fazer com que James não perca dinheiro se vier para a franquia. Porém, o Cavaliers não quer que sua estrela assine um contrato de seis temporadas para deixar Cleveland logo depois.
O Toronto Raptors, ex-equipe de Bosh, também não queria negociar um contrato e depois transferi-lo se não fosse para o Cavaliers. Agora, seu gerente geral, Brian Colangelo, diante da decisão do jogador de ir para o Heat, procura conseguir algo com sua saída da equipe, e negocia com Riley.
Bosh foi categórico ao dizer que tinha tomado a melhor decisão como profissional ao se juntar a Wade e ir para Miami, o que pode fazer James seguir o mesmo rumo.
Se James ficar no Cavaliers, tem a garantia de que vai receber US$ 30 milhões por um contrato de seis temporadas, o mesmo que vai ocorrer com Bosh caso Raptors e Heat não cheguem a um acordo de assinatura de contrato e transferência.
Mas Riley já preparou um plano para poder compensar os dois jogadores em função do que estabelecer do novo teto da NBA, que será divulgado antes de os jogadores sem contrato assumirem algum compromisso.
Caso Bosh não receba a concessão do Raptors, onde jogou por sete temporadas, deixará de receber US$ 29 milhões – a diferença dos US$ 125 milhões por seis temporadas com a equipe de Toronto e os US$ 96 milhões por cinco que o Heat pode lhe pagar.
O mesmo aconteceria com James caso decida jogar pelo Heat e o Cavaliers se negue a assinar seu contrato para depois transferi-lo.
No entanto, James, Wade e Bosh, que são amigos e jogam juntos na seleção dos Estados Unidos, manifestaram que não se importariam de perder dinheiro se puderem estar juntos em uma mesma franquia, oportunidade que está nas mãos do Miami Heat.
Bosh já disse que não teria problema em perder dinheiro para poder estar em uma equipe que possa disputar o título da NBA.
Wade se mostrou satisfeito não só por ficar em Miami, mas por ter conseguido a chegada de um grande jogador como Bosh, nome que pedia há tempos.
“Estou muito contente que o processo tenha terminado de forma positiva”, declarou o armador.
Tanto Wade como Bosh disseram que nenhum dos dois podia deixar passar a grande oportunidade de jogar juntos.
“Vamos trabalhar mais do que nunca para fazer do Heat uma equipe maior”, afirmou Wade.
Os dois jogadores disseram que vão apoiar qualquer decisão que James tomar e que apenas lhe desejam sorte.
Agora, todas as atenções estão sobre James, que também tem a opção de ir para o New York Knicks, onde poderia esperar a contratação do ala-pivô Amar Stoudemire, ou então de jogar pelo Chicago Bulls, que fechou com o ala-pivô Carlos Boozer, com quem já jogou no Cavaliers.
Também não pode ser descartada a ida para o New Jersey Nets, que com o multimilionário russo Mikhail Prokhorov como novo dono tem tudo pronto para contratar o ala-pivô David Lee.
As três franquias já trabalham em um plano B para o próximo mercado de agentes livres caso James decida não ir para nenhuma delas.
Daí a contratação de Stoudemire pelo Knicks e o acordo oferecido a Boozer pelo Bulls – cinco temporadas com um salário de entre US$ 75 milhões e US$ 80 milhões.
No entanto, a última peça do quebra-cabeça dos agentes livres será encaixada em 24 horas, em uma transmissão de televisão ao vivo, quando James encerrar o suspense sobre qual camisa vestirá na próxima temporada.
