O filme Lebanon, dirigido pelo israelense Samuel Maoz, conquistou neste sábado, dia 12, o Leão de Ouro no 66º Festival Internacional de Cinema de Veneza.
Ang Lee, presidente do júri anunciou a vitória justificando que o prêmio vai para uma obra antibelicista que acompanha 24 horas na vida de um grupo de jovens soldados no interior de um tanque, durante a primeira guerra do Líbano, em 1982.
O ator britânico Colin Firth, a atriz russa Kseniya Rappoport e a diretora Shirin Neshat ganharam os prêmios de Melhor Ator, Atriz e Melhor Direção, respectivamente.
Firth conquistou a Copa Volpi de Melhor Ator como protagonista do filme “A Single Man”, na estreia do costureiro americano Tom Ford como diretor. No filme, o ator vive George Falconer, um professor homossexual de 52 anos que dá aulas em Los Angeles e sofre com as lembranças do namorado morto em um acidente de trânsito.
“Este país sempre me presenteou. Com a cultura, a literatura, o cinema, a arte e a culinária, a grappa (bebida) e me deu, inclusive, uma mulher belíssima e duas crianças maravilhosas”, disse emocionado, referindo à Itália.
A atriz russa Kseniya Rappoport conquistou a Copa Volpi de Melhor Atriz com a sua atuação no longa-metragem “La doppia ora”, do diretor italiano Giuseppe Capotondi.
Rappoport interpretou Sonia, uma misteriosa empregada eslovena de um hotel em Turim que se envolve em roubos para conseguir o dinheiro suficiente para recomeçar vida nova em Buenos Aires.
“Desculpem o meu nervosismo, sinto-me como se estivesse voando de paraquedas e não tivesse conseguindo abrí-lo. Gostaria de agradecer ao diretor do Festival por terem escolhido essa obra-prima e também aos produtores do filme”, disse a atriz, em um italiano não muito correto por causa do seu evidente nervosismo.
Por sua vez, a diretora iraniana Shirin Neshat alcançou hoje o Leão de prata de Melhor Direção com seu filme “Women without men”.
O filme se passa no Teerã dos anos 50 e faz uma dura crítica à situação da população e, principalmente, da falta de liberdade das mulheres no país.
Neshat chegou à cerimônia de entrega de prêmios com um lenço verde (cor dos seguidores do ex-primeiro-ministro Mir Hussein Musavi), quis dedicar o prêmio “a liberdade e a democracia”.
“É uma mensagem ao mundo e ao meu país, disse Neshat